Reacendendo as cinzas: como o transativismo obtém financiamento.

Eu Sou RAD
5 min readOct 21, 2021

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Primeiro eu quero te situar no contexto: não há uma pessoa neste planeta que não viva dentro do sistema capitalista. E se essa pessoa existe, por favor, coloque o nome e como ela se mantém viva. Quero conhecer essa criatura imaculada.

Dito isso, vamos ao ponto: Thammy Miranda não é bandeira lgbtexto, motivo de orgulho de seu pseudo-grupo. Essa pessoa apenas foi vendida, usada como isca para que a Natura pudesse ter uma fatia dessa demanda “reprimida”.

As empresas, no geral, não estão preocupadas com demandas sociais, em mudanças políticas e estruturais das sociedades. Empresas buscam lucro. Não importa como ou de que maneira: o foco é ganhar mais dinheiro. Sempre.

O que não difere também ao sistema político: pare de defender ladrão de colarinho branco.

A inclusão de Thammy Miranda em uma campanha publicitária com foco nos pais (até então os sujeitos do sexo masculino — XY) foi pensada para trazer mais lucros, fidelizar uma parcela birrenta da sociedade que não tem medo algum de atropelar os direitos das mulheres.

A Natura investiu milhões nisso. Especialistas em Psicologia, em dados, design e redação foram convocados para alinhar todo o discurso e recuperar o espaço perdido para a sua principal concorrente. Para explicar o contexto: O Boticário já vinha em clara campanha de expansão para angariar a maior parcela consumidora do mercado de beleza. Não por nada comprou a Vult, Quem Disse, Berenice e tenta avançar ao mercado exterior. Uma clara ameaça à Natura.

Eis que em 2020 a Natura decide ser agressiva e recuperar os clientes perdidos e conquistar outros. A escolha do público identitário não foi feita por azar. Os experts estão acompanhando a ascensão desse grupo e resolveram arriscar alto. Qual era o mote? A dor de mulheres que se autoidentificam como com o gênero masculino sendo excluídas das datas comemorativas “familiares”.

Desde a ascensão do identitarismo como política social e da campanha aguerrida contra a família pelos blocos esquerdistas, o novo discurso promovido pelos transgressores (de toda índole) da “cisheteronormatividade” (quem diabos fala sobre isso para as classes populares?) tem como finalidade a promoção da alienação social.

Isso se conquista através da abstração e do apagamento de conceitos já assentados no imaginário social.

E como isso é feito? O meio mais rápido E efetivo é através de campanhas publicitárias, que injetam quantidades astronômicas de dinheiro para poder consolidar a narrativa alienadora. E tem dado certo.

São as grandes empresas capitalistas, que buscam lucro acima de qualquer situação, que compram espaços publicitários nos mais variados meios de comunicação. Essas empresas que buscam lucro, que vendem produtos, são as que realmente ditam o norte do discurso dos veículos de comunicação. Os consumidores da informação (sim, dentro do jornalismo você não recebe informação “gratuita”, a informação é outro produto que você compra) são outras pessoas que se identificam com o discurso do veículo de informação.

E assim o ciclo se fecha. Há uma sensação, um sentimento de pertencimento e inclusão dessas pautas identitárias. Mas a finalidade é continuar fechando esse grupo de consumidores para fidelizá-los, que nós continuemos financiando e gerando cada vez lucros maiores para essas empresas capitalistas e seus investidores e/ou acionistas.

Não é por acaso, ou porque as empresas de comunicação são simpáticas às causas identitárias, que elas aderem ao acrônimo lgbtexto. É porque traz dinheiro, retém os ativos mais valiosos do mercado digital atual: a atenção e a identificação.

A maior conquista de uma agência publicitária é ver seu conteúdo e campanha sendo viralizados na internet: é isso o que força as pessoas a discutirem sobre determinados assuntos propostos. E consequentemente, atrai, sem grandes esforços publicitários, outros clientes e compradores adeptos às causas identitárias.

Não foi por acaso que a Natura viu crescer suas ações no mercado. Os investidores (que pode até ser você, se caso você seja operador da bolsa de valores ou coloque seu suado dinheirinho em algumas açõezinhas) querem rentabilidade. E a campanha trouxe isso em tempo recorde.

Tenho certeza absoluta que a aposta por Thammy Miranda e seu consequente retorno alto nas vendas foi totalmente comemorado na sala de criação da agência publicitária contratada pela Natura.

O Marketing aposta nisso: na identificação de demandas reprimidas, de nichos “não atendidos”.

É contra essas empresas que detêm números incalculáveis de poder aquisitivo que simples feministas (ou não) estão lutando.

Não há vida dentro do capitalismo. É quase impossível lutar porque estamos investindo esforços sobre humanos contra verdadeiros gigantes que detêm super poderes em mãos. É assim que as ideologias se assentam e se tornam parte da cultura, aceitas pela classe média e manipulando a classe intelectual.

No fundo, poucos são os intelectuais estudiosos que conseguem realmente analisar o que há por trás de tudo isso. E estranhamente, são esses os mais agredidos e os que devem pedir perdão à maioria, acéfala por contágio social. Essa maioria, que se julga inteligente por ter um pífio doutorado, que nada mais são que um sujeitos sequestrados e perfeitamente adestrados pelo sistema capitalista…

São esses quem, através de discursos, continuarão promovendo o retrocesso social, a extinção dos direitos garantidos, a invasão de homens em espaços separados por sexo chegando ao extremo de renegar leis científicas… há dinheiro e eles também são beneficiados por essa alienação. É um perfeito ciclo vicioso.

People will do anything for those who encourage their dreams, justify their failures, allay their fears, confirm their suspicious and help them throw rocks at their enemies. Blair Warren.

Isso é marketing e você será sempre o cliente gado identitário do curral empresarial.

Nunca pensou por que os capitalistas dizem “nicho”?

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